quarta-feira, 28 de março de 2012

Minha malvada favorita


Odete Roitman, Flora, Teresa Cristina, Bia Falcão, Altiva, Nazaré Tedesco, Laura Prudente da Costa, Perpétua... e agora, Carmen Lúcia Moreira de Souza, – ou simplesmente, Carminha – a vilã vivida por Adriana Esteves na novíssima Avenida Brasil.
Para quem não se lembra, Esteves já transitou pelo mundo das malvadezas com as quase megeras Mariana de Renascer, Sandrinha de Torre de Babel, Amelinha de Coração de Estudante e até mesmo a adorável mal-humorada Catarina de O Cravo e a Rosa
Ela ainda deu vida à famigerada Nazaré Tedesco na primeira fase de Senhora do Destino. Portanto, bagagem pra ser malévola é o que não lhe falta e pelo que se pôde ver em apenas três capítulos a atriz não tem economizado no repertório de crueldades. 
Já vi gente no facebook ameaçando bater em Adriana caso a encontrem na rua. Não é pra tanto...
Mas o melhor é que Carminha é aquele tipo de vilã que além de nos encher de ódio, de nos deixar com aquela vontade de pegá-la pelo pescoço, também faz rir. E muito.
Há que se ficar atento também à garotinha Mell Maia (Rita), principal vítima das atrocidades da bandoleira do Divino (bairro fictício onde se passa o folhetim), atriz mirim talentosíssima que tem feito até muito marmanjo chorar.
O autor João Emanuel Carneiro tem tudo pra repetir o sucesso alcançado com A Favorita – sua estreia no horário nobre da Globo. Avenida Brasil promete ser um novelão clássico, do tipo que não dá pra perder um capítulo sequer. Vamos acompanhar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vai, Maneco!


Por que Viver a Vida não deslancha? Acredito que seja por causa da ausência de conflito. Ou mesmo que ele já esteja instalado, é fraco ou não se faz perceber. A contenda entre Helena e Luciana carece de força dramática, mais por culpa de Taís Araújo que de Alinne Moraes (lembram de Sílvia a vilã psicopata de Duas Caras?). Acho que não houve química entre as duas. O mesmo vale para o duelo Helena x Tereza. Lilia Cabral é, sem dúvida, uma grande atriz que segura brilhantemente esse tipo de papel, mas não encontra respaldo do outro lado do ringue. É como diz o ditado: "quando um não quer, dois não brigam".

Não assisto a novela assiduamente, mas até agora não me deu vontade de dizer “não perco um capítulo sequer”. As tramas paralelas também são fracas. A relação entre Gustavo (Marcelo Airoldi) e Malu (Camila Morgado) que, acredito eu, deveria ser um “núcleo de humor” não convence. Esse clima A Gata e o Rato beira o ridículo. Os personagens médicos de tão inverossímeis deixariam com vergonha o pessoal do Seattle Grace e do County General. E os gêmeos maniqueisticamente diferentes um do outro? Melhor vê-los no Casseta & Planeta. Isso tudo sem falar no José Mayer...

Ao que tudo indica, Viver a Vida tem bons índices de audiência, só que até agora tenho ouvido apenas críticas negativas a respeito da trama. É preciso dar uma sacudida nesse folhetim antes que seja tarde. Quero ver gente boa como Giovanna Antonelli, Klara Castanho (excelente) Letícia Spiller, Thiago Lacerda, Natália do Vale, Maria Luísa Mendonça (totalmente desperdiçada) e a própria Lília Cabral mostrarem tudo o que podem. E quem sabe eles também não dão umas dicas para a protagonista... Chega dessa pasmaceira, queremos novelão! Vai, Maneco, contamos com você!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Escolhendo o elenco

Quem faz a escolha de elenco de uma novela? Pelo que eu sei, autores escrevem determinados papéis já pensando em atores específicos que irão desempenhá-los. O que às vezes não dá certo, como foi o caso da garota de programa Bebel, personagem escrita por Gilberto Braga para Mariana Ximenes e que, por sorte, ela não pôde fazer e tivemos Camila Pitanga em uma de suas melhores atuações em novela – senão a melhor.

Diretores também cumprem a função de definir quem fará o que nos folhetins. Quando há famílias, esse trabalho deve ser um pouco mais complicado, porque é preciso escolher pessoas que tenham alguma semelhança entre si ou que nos façam crer que poderiam ser parentes de verdade. Há situações em que isso nem é tão difícil, como em Por Amor onde Regina Duarte vivia a mãe de sua própria filha na vida real, Gabriela Duarte.

Em Viver a Vida, Natália do Vale é Ingrid, mãe dos gêmeos Miguel e Jorge (Mateus Solano) e, cá pra nós, eu acho que eles tem alguma coisa que justifica a escolha dos papéis. Sei lá... talvez os olhos... Pra mim, deu certo. Na mesma novela, Betina (Letícia Spiller) é mãe de Clarisse (Cecília Dassi), repetindo a dupla de Suave Veneno quando foram Maria Regina e Patrícia Maria, mãe e filha respectivamente. Também convencem no parentesco pelo formato do rosto, cor da pele e dos olhos.

Quem mais repetiu a dobradinha mãe/filho foram Susana Vieira e Maurício Mattar. Ao todo foram três produções diferentes em que os dois assinaram o mesmo sobrenome. A primeira foi Bambolê em 1987/88 em que eram Marta e Murilo. Em 1989, era Sérgio que chamava Gilda Toledo Blanco de mamãe em O Salvador da Pátria. E, por fim, na engraçadíssima Lua Cheia de Amor, de 1990/91, a translumbrante Laís Souto Maia era a mãe do bom rapaz Augusto.

Há casos em que os irmãos não tem muito a ver um com o outro. Se lembra da prole de Tide (Tarcísio Meira) e Lalinha (Glória Menezes) em Páginas da Vida? Quem poderia dizer que Leandro (Tato Gabus), Carmen (Natália do Vale), Márcia (Helena Ranaldi), Jorge (Thiago Lacerda) e Olívia (Ana Paula Arósio) eram irmãos? Bem diferente de Fred (Luigi Baricelli) e Camila (Carolina Dieckmann) filhos de Helena (Vera Fischer) em Laços de Família, que convenciam bem como família. Aliás, desde que vi Carolina em seu primeiro papel na série Sex Appeal, comentei com amigos que um dia ela poderia atuar como filha de Vera Fischer.

É... acho que eu poderia trabalhar com isso, se alguém souber de uma vaga, me avisem...


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Memórias da Emília


Quando o Sítio do Picapau Amarelo estreou na Globo em março de 1977, eu tinha de 7 para 8 anos, e, como todas as crianças da época, não perdia um capítulo da saga - misto de fantasia e realidade - de Pedrinho, Narizinho, Emília e Visconde.

Me recordo de alguns dos primeiros episódios que foram ao ar como A Cuca Vai Pegar, onde a “jacaroa”, na época vivida por Dorinha Duval, transforma quase todos do Sítio em pedra. João Faz de Conta, aquele em que o Pedrinho, depois de ouvir a história do Pinóquio, resolve dar vida a um boneco de madeira e deixa o Visconde todo enciumado. O Anjinho da Asa Quebrada (interpretado por Gabriela Alves) que Emília tenta transformar em atração do seu Circo de Escavalinho. E numa noite, cercada por todos, Dona Benta começa a falar sobre a Grécia com seu teatro, tragédias e mitologias e surge a história do Minotauro, Teseu (Gracindo Júnior) e Ariadne (Lúcia Alves), para mim, um dos melhores episódios de todos os tempos. Devo dizer que eu tinha medo de muitas coisas: da Cuca, do João Faz de Conta e até do Príncipe Escamado, mas nem por isso deixava de assistir.

Nesse dia me recordo ainda mais do Sítio por causa da notícia da morte de Dirce Migliaccio que deu vida à boneca Emília nos primórdios da série. Dirce tinha um jeito peculiar ao interpretar suas personagens, uma coisa um tanto que avoada e vivaz. Tudo ao mesmo tempo. Um olhar meio perdido, meio melancólico, que também é característico do irmão Flávio. A atriz se junta agora ao grande time de atores que encarnaram personagens de Monteiro Lobato e que já partiram, como Zilka Salaberry, Jacira Sampaio, Samuel Santos e André Valli.

Para quem não conhece ou quiser relembrar o Youtube está cheio de trechos de vários episódios desse fantástico programa infantil que foi o Sítio do Picapau Amarelo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A vida é uma grande ilusão


Sai Lapa, entra Leblon. O multicolorido Rajastão sai de cena e, em seu lugar, avistamos as belas e pictóricas paisagens de Búzios. Desaparece o histrionismo de Caminho das Índias e entra em cartaz o estilo suave e minimalista de Manoel Carlos. Não vamos mais ter que ouvir “você não vale nada mas eu gosto de você” nem a agitada abertura Beedi de Sukhwinder Singh & Sunidhi Chauhan. Em vez disso, temos Vinicius, Chico e Miúcha nos embalando com “sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão”.

Tentei muito assistir a estreia de Viver a Vida ontem mas só consegui ver a cena final do desfile onde a personagem Luciana, vivida por Alinne Moraes leva um tombo na passarela. Ali já se pode ver que o clima entre ela e a protagonista ainda vai pesar muito até maio de 2010.

Confesso que estou curioso pra saber como Taís Araújo vai se sair como a oitava Helena do Maneco. Tenho minhas reservas quanto ao talento da superbonita. Se bem que, sob um olhar mais cuidadoso, algumas das protagonistas anteriores não foram lá essas coisas. A melhor, para mim, foi Lilian Lemmertz que era uma atriz sensacional de grande carga dramática e, pela sua primorosa atuação em Baila Comigo, recebeu inúmeros elogios do público e da crítica. Em segundo lugar, vem Christiane Torloni, que viveu uma Helena humana, às vezes fraca, vulnerável, infiel e cheia de defeitos. Talvez, por isso, uma das melhores. Maitê Proença e Vera Fischer nunca me deram demonstrações de grande talento dramatúrgico, no entanto, Manoel Carlos conseguiu arrancar da loiruda - ponto para ele - uma atuação convincente.

E a Regina Duarte, hein?! Bom... esse é um terreno movediço porque muita gente acha ela talentosíssima. Mas, devo admitir que tenho uma certa birra com a namoradinha do Brasil, de suas caras e bocas e de sua atuação afetada. Classifico Raquel Accioli de Vale Tudo e a viúva Porcina, a que era sem nunca ter sido, os dois pontos altos da carreira folhetinesca de dona Duarte. As três Helenas que ela fez me pareceram sempre a mesma pessoa. Como se ao longo dos anos ela fosse tendo surtos de amnésia e vivido outras vidas, outros relacionamentos, tido outros filhos, outras profissões, mas sempre com aquele jeitinho “não-é-minha-gente?” de ser.

Deixando as Helenas de lado, as novelas do Maneco sempre exerceram um certo fascínio sobre mim. Na novela Baila Comigo o Leblon ainda não era o protagonista. O foco era na classe média mesmo e, desta feita, era o bairro de Santa Teresa com suas casa antigas e o charmoso bondinho que serviram de cenário para a trama. Para mim, a maneira idealizada com que a capital fluminense era retratada, tanto nessa como nas novelas posteriores do autor, me fizeram sempre sonhar com o dia que eu conheceria o Rio pessoalmente. Isso não fez de mim um alienado como poderia achar algum militante de esquerda marxista, argumentando que me deixei enredar pelo discurso pequeno-burguês de Manoel Carlos, apenas me tornou um eterno apaixonado pela beleza estonteante da Cidade Maravilhosa, que conheci pela primeira vez há 21 anos atrás.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

De repente, 30
















Ontem estava assistindo um trecho de No Limite, que aliás, tá difícil de aguentar, e vi a hora em que a equipe Taiba indicou a pessoa que possivelmente será eliminada no próximo domingo. Não era preciso muito esforço para logo pressupor que o eleito seria o Ronaldo. Por que digo isso? Ora, porque ele tem 55 anos.

Lembram do Nonô da última edição do Big Brother Brasil? Foi o primeiro a cair fora da “casa mais vigiada do Brasil”. Tudo bem que ele era chato e o escambau, e não tô aqui pra defendê-lo. Mas, ele era a figura destoante no meio de uma galera de jovens (no máximo trintões) sarados e descolados (há controvérsias). A própria Naná, não fosse o clima mamãe-e-filhinha que rolou entre ela e Ana Carolina, já estava ameaçada de rodar nos paredões seguintes.

Recentemente tentei concorrer em uma promoção do site da cantora Vanessa da Mata para assistir à entrega do Prêmio Multishow, no Rio de Janeiro. Mas, para participar, é preciso ter entre 18 e 30 anos, além de enviar uma foto ou um vídeo recente onde a pessoa apareça demonstrando todo o seu amor pela cantora. I´m out! Quer mais uma: Para se inscrever no Vídeo Game e mostrar que você sabe tudo de TV, é preciso mandar um email com seus dados e, detalhe, é preciso ter entre 18 e 30 anos.

Está parecendo mágoa de caboclo isso, não é? Está, eu sei... Mas o que se pode concluir é que depois dos 30, você já era. Fala-se muito da ditadura da beleza, mas o que vemos aqui é uma ditadura da idade. Um coro que repete à exaustão o verso da música de Marcos Valle “não confie em ninguém com mais de 30 anos”.

No livro Convite à Filosofia, a pensadora brasileira Marilena Chauí diz acertadamente: “Periodicamente os brasileiros afirmam que vivemos numa democracia, depois de concluída uma fase de autoritarismo. Por democracia entendem a existência de eleições, de partidos políticos e da divisão republicana dos três poderes, além da liberdade de pensamento e de expressão... essa visão é cega para algo profundo na sociedade brasileira: o autoritarismo social. Nossa sociedade é autoritária porque é hierárquica, pois divide as pessoas... Não há percepção nem prática da igualdade como um direito. Nossa sociedade é autoritária porque é violenta: nela vigoram racismo, machismo, discriminação religiosa e de classe social, desigualdades econômicas das maiores do mundo, exclusões culturais e políticas”.

Imagina só se isso acontecesse na hora de escolher o elenco de uma novela. Em Caminho das Índias, por exemplo, Glória Perez teria que escalar outros dois galãs para os papéis de Raj e Bahuan, pois, Rodrigo Lombardi e Márcio Garcia têm, respectivamente, 32 e 39 anos. Juliana Paes passa raspando. No próximo ano a morena também estaria se aposentando. E nós, expectadores, ainda seríamos privados do talento de atores como Tony Ramos, Débora Bloch, Ana Beatriz Nogueira e Christiane Torloni, para citar apenas alguns.

Sei que posso estar exagerando e o Boninho bem como a Vanessa da Mata ou, seja lá quem for o responsável (ou os responsáveis) por criar esses parâmetros de idade para participação nesses concursos e programas, têm o direito de escolher quem vai ou não aparecer do lado da Angélica no Vídeo Game e na primeira fila do Teatro Municipal na entrega do prêmio. Mas faço valer aqui, pelo menos, o meu direito à liberdade de expressão.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Fazenda

Devido ao sucesso alcançado pelo reality show A Fazenda, a Record já planeja mais duas edições do programa. Sei de muita gente que assiste ao programa. Eu mesmo sou um deles. Tenho uma atração por realities, confesso. Assisto até aqueles gringos: Descabelados, Project Runway, The Amazing Race, Extreme Makeover e por aí vai.
Fiquei pensando no elenco da próxima edição e tenho alguns nomes que eu sugeriria, mas fui além. Imaginei como seria A Fazenda com personagens de novelas. Fiz então uma seleção de figuras que já pintaram nos folhetins que dariam o que falar. Além de elevar o ibope nas alturas.
Publico agora as minhas 12 escolhidas, no próximo post coloco os homens. Veja também o que cada uma delas comentou sobre sua participação nessa edição especial de A Fazenda:















D. Armênia: “Vou colocar essa fazenda na chom!”
Babalu: “Só entrei nesse troço por causa do aqué, mona!”
Bebel: “Que boa ideia esse reality show primaveril em pleno outono...”
Nazaré Tedesco: “Bando de flageladinhos... não vou alimentar bicho nenhum... quero que eles morram todos!”
Branca Letícia de Barros Motta: “Me prepara um martini antes”
Nazira: “Essas mulheres são todas umas espetaculosas”
Iris: “A Helena que me mandou pra cá por causa daquela intragável da Camila!”
Porcina: “Miiiiiiiiiiiiinaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!”
Magda: “Pensei em fazer uma lipo inspiração, um displante de cabelo... pensei até em usar um lente de contrato pra ficar mais bonita...”
Rafaela: “Posso usar meu casaco de vison aqui nessa fazenda?”
Tina Pepper: “Me gusta tu cuerpo, me gusta demás”
Tancinha: “Me tô divididinha que nem uma laranja, Betoooooo!”